domingo, 7 de dezembro de 2014

Um conto de Natal...


Um dia, numa família muito rica, nasceu uma criança... Uma menina linda, cuja chegada foi festejada com uma festa esplêndida, cheia de convidados, cheia de presentes, cheia de luxo e com tudo do bom e do melhor para se comer e beber.
Os pais estavam se sentindo vitoriosos: 
- Hoje temos a nossa princesa!!! A Herdeira de todos os nossos bens, de nosso glorioso império.

E todos concordavam com tudo, porque, afinal, eles adoravam as bajulações e os que os circundavam, adoravam tirar proveito de tudo que podiam.
O tempo foi passando, a menina foi crescendo, linda!!!
A escola em que estudava era também de primeira, tinha aulas de tudo, inclusive etiqueta e a convivência com as outra crianças eram cheias de não-me-toques.
A garotinha mal tinha tempo para brincar... Mas o que era brincar? Ela não sabia, ela só sabia que tinha que cumprir com algumas obrigações, participar de festas organizadas pelos assessores e secretários de seus pais... Aliás, esses, ela quase não os via, nem sabia quem eles eram, pois não tinham tempo para ela, seus horários eram todos preenchidos pelos eventos sociais e trabalho, não queriam parar, porque precisavam continuar ampliando seu império.
Os anos se passavam, as festas de aniversário, finais de ano e outras tradicionais eram marcadas pela presença de pessoas que ela nem conhecia e repletas de presentes.
Como tinha tudo, ela nem se quer os tocava, e lá ficavam eles, num quarto que tinha o nome de “Recanto da Princesa” e no qual ela nunca entrava, não tinha interesse...
Um dia, saindo para uma das obrigações sociais com seus pais e, por causa de uma chance que teve de olhar para fora da limusine, ela viu umas crianças num parque de diversões, brincando, correndo, se dando as mãos, pulando corda, balançando e abraçando as pessoas que estavam com elas... Ela percebeu que elas abriam as bocas num ritos que ela nunca tinha visto no rosto de ninguém de sua mansão: elas estavam rindo e seus olhos tinham um brilho diferente, pareciam, para ela, que eram de outro mundo, de um mundo que ela só tinha visto em alguns filmes que lhe fora permitido assistir na sua sala particular de cinema e que não eram reais.
Depois desse dia, a princesa se fechou mais ainda, não tinha vontade de nada mais, se sentia mal, mas, não sabia por quê... Parecia que sua vida não fazia mais sentido, ficava parada, olhando para o nada e de seus olhos escorriam gotas de água salgada, que ela descobriu depois que eram lágrimas, afinal, ela nunca havia chorado, não conhecia sentimentos.
Então, se lembrou de um filme que havia assistido, onde as crianças comentavam que o Papai Noel gostava de receber cartinhas deles com os pedidos de presentes e, cada um descrevia que tipo de presente gostaria de ganhar, como: boneca, carrinhos, cachorrinhos, entre outros e, foi assim, que ela resolveu escrever uma carta para o Papai Noel e, após tê-la colocado num envelope endereçado ao Papai Noel, no Pólo Norte, ela chamou a governanta e pediu que colocasse a carta no correio.
A governanta, que era uma pessoa boa, mas que, obrigatoriamente tinha que se manter, sentimentalmente, distante da menina, pegou a carta e disse que faria o que ela havia lhe pedido.
A menina agradeceu e até tentou esboçar o que poderia ter sido um sorriso.
Ao sair, a governanta resolveu abrir a cartinha, para ver o que aquela menina que possuía de tudo, poderia querer do Papai Noel e, quando começou a ler a carta, ela chorou, porque na carta estava um único pedido ao querido velhinho, aquela pobre-rica menininha queria apenas: Amor!!!
Esta é a minha mensagem para todos este ano: AMOR!!! Deem amor a todos que encontrarem, transmitam amor em todos os momentos, porque só o amor pode ajudar a melhorar o mundo e fazer com que as pessoas deixem de mesquinharias e conflitos.
Amem a todos, incondicionalmente e teremos, não só um Feliz Natal, mas teremos dias e anos melhores em nossas vidas. 

                 Feliz Natal, Feliz 2015, ..16, ..17, ..18 ..........


                                                                                                       Cida Trindade